terça-feira, setembro 21, 2010

karate kid

Vi o novo “Karate Kid”. O golpe do ganso do primeiro filme ganhou uma versão bem contemporânea. Agora, o golpe é impossível. E é preciso acrescentar que a cena vem em uma seqüência sem cortes. O menino dá um mortal inverso... Mandaram os limites da gravidade para o espaço. É como se o corpo liberasse seu duplo virtual. Mas isso tudo é recebido pelo espectador com a maior naturalidade. Muito curioso. Seria impensável filmar isso há dez anos. O corpo mudou, mudou seu estatuto. Hoje, o corpo é virtual, onipresente, maleável, etc. Em miúdos, o corpo é mesmo um elemento central para se pensar o cinema contemporâneo, seja o de Pedro Costa e Claire Denis, seja o de ação hollywoodiano.

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