terça-feira, maio 22, 2012

o homem que não dormia

Estou em uma relação conturbada com “O homem que não dormia”. O diálogo com um certo misticismo brasileiro, a preservação de um sentido alegórico aos personagens e situações narradas, uma certa noção de alegria que me parece sempre muito presente, o elogio à fabulação... tudo isso me agrada bastante. Sem falar que é bom ver um filme que se mantém em uma continuidade com um cinema brasileiro talvez meio esquecido. No entanto, algo me incomoda ou me decepciona. A Lila Foster disse sobre o “Eu me lembro” que faltava ao filme uma linguagem que pudesse dar conta de tanta intenção. Acho que talvez seja por aí. “O homem que não dormia” é um longa de muitas e boas questões. Às vezes, no entanto, o filme me parece se afogar nelas.

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