Não consigo levar “Shame” a sério. Esta coisa de vício em sexo não me convence. É muito mais um sintoma, uma obsessão, algo com um subterfúgio involuntário que impossibilita a pessoa de confrontar o verdadeiro problema. O filme até nos dá indícios de que existe mesmo um problema por trás daquele comportamento, do tão sujo e horripilante vício sexual. Há alguma coisa entre os irmãos. Um passado. Mas isso fica tão apenas esboçado. E isto me parece tão estranhamente calculado, nos mínimos detalhes. O que não quer dizer que eu não goste de algumas coisas. Michael Fassbender é um ator estupendo. É legal como o filme se coloca a serviço dele e de Carey Mulligan, dos atores. E isso, conjugado com longos planos-sequencia de câmera estática, consegue gerar alguns bons momentos.
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