quarta-feira, maio 30, 2012
a conspiração*
Robert Redford é cheio de boas intenções. E neste seu novo filme, ele se transformou mesmo naquele professor universitário que representou em seu último longa “Leões e Cordeiros” (2007). “Conspiração” é um filme pontuado por falas eloqüentes compactadas em personagens. Os personagens falam, falam... Vemos eles falando. Cada um deles parece saído de alguma gaveta de repartição pública. E a narrativa ainda está sempre com pressa. Outra coisa me parece tão estranha: Redford obviamente não está nenhum pouco interessado no caso do assassinato de Abraham Lincoln. O que o interessa é mesmo os EUA pós-ataque às Torres Gêmeas. E isto me parece uma covardia disfarçada de inteligência. Sei lá. Como um filme pode ser político ou falar de política se não consegue nem mesmo dar nome aos bois.
domingo, maio 27, 2012
quinta-feira, maio 24, 2012
kenny powers!
Leiam só este discurso de Kenny Powers (Danny McBride) no insuperável último episódio de “Estbound & Down”. Ele invade a sala de aula da jovem Andrea, uma recente ex-namorada. Ela está no College e deve ser uns quase 20 anos mais jovem que ele:
Andrea: You can't keep storming into my classrooms. We're broken up.
Kenny: What? No, no, no, no. That breakup wasn't real. Sure, You betrayed me and my party, but that breakup was spoken in anger. And, I'm sorry for that. It didn't count.
Andrea: It didn't?
Kenny: No, this is the breakup that counts.
Andrea: You're an asshole.
Kenny: Easy, let's not get bitter, okay? I know a lot of you guys are looking at me and saying, "Hey, there's a dude who is exactly my same age". Well, truth be told. I'm a grown-up, real person. Sure your bodies might be tight. You might like to have sex in amazing, cool, intricate positions. But besides that shit... you all don't have a fucking clue. The shit y'all are doing. The fucking Facebook shit, the Internets, the fucking DVDS. That's all bullshit. Your shit isn't real. But from where I'm standing, a full grown man, who has achieved his dreams. Yeah, that's right. I'm going back to the majors. My shit is about as real as it gets. And besides, I can out-party, out-drink, and out-fuck, each of you. Youth can suck my dick. So unless you have anything to add. Then consider this relationship over. Have a nice life. I'll never forget you. And I know you won't forget me. Cause I popped that cherry. That's right, I tore it out for all you young guys.
Andrea: You can't keep storming into my classrooms. We're broken up.
Kenny: What? No, no, no, no. That breakup wasn't real. Sure, You betrayed me and my party, but that breakup was spoken in anger. And, I'm sorry for that. It didn't count.
Andrea: It didn't?
Kenny: No, this is the breakup that counts.
Andrea: You're an asshole.
Kenny: Easy, let's not get bitter, okay? I know a lot of you guys are looking at me and saying, "Hey, there's a dude who is exactly my same age". Well, truth be told. I'm a grown-up, real person. Sure your bodies might be tight. You might like to have sex in amazing, cool, intricate positions. But besides that shit... you all don't have a fucking clue. The shit y'all are doing. The fucking Facebook shit, the Internets, the fucking DVDS. That's all bullshit. Your shit isn't real. But from where I'm standing, a full grown man, who has achieved his dreams. Yeah, that's right. I'm going back to the majors. My shit is about as real as it gets. And besides, I can out-party, out-drink, and out-fuck, each of you. Youth can suck my dick. So unless you have anything to add. Then consider this relationship over. Have a nice life. I'll never forget you. And I know you won't forget me. Cause I popped that cherry. That's right, I tore it out for all you young guys.
terça-feira, maio 22, 2012
o homem que não dormia
Estou em uma relação conturbada com “O homem que não dormia”. O diálogo com um certo misticismo brasileiro, a preservação de um sentido alegórico aos personagens e situações narradas, uma certa noção de alegria que me parece sempre muito presente, o elogio à fabulação... tudo isso me agrada bastante. Sem falar que é bom ver um filme que se mantém em uma continuidade com um cinema brasileiro talvez meio esquecido. No entanto, algo me incomoda ou me decepciona. A Lila Foster disse sobre o “Eu me lembro” que faltava ao filme uma linguagem que pudesse dar conta de tanta intenção. Acho que talvez seja por aí. “O homem que não dormia” é um longa de muitas e boas questões. Às vezes, no entanto, o filme me parece se afogar nelas.
terça-feira, maio 15, 2012
links
Alguns links:
- Nova edição de La Furia Umana sobre Jerry Lewis.
- Uma reportagem da "LA Weekly" sobre película em Hollywood.
- Um breve tutorial sobre como ripar clipes de DVDs.
- A primeira parte de uma entrevista com o Jean louis Comolli no "Senses of Cinema".
- Para quem ainda não conhece, vale checar o Pinewood Dialogues. São podcasts com bastante gente. Alguns muito legais. Vejam aqui a lista completa dos entrevistados.
- Nova edição de La Furia Umana sobre Jerry Lewis.
- Uma reportagem da "LA Weekly" sobre película em Hollywood.
- Um breve tutorial sobre como ripar clipes de DVDs.
- A primeira parte de uma entrevista com o Jean louis Comolli no "Senses of Cinema".
- Para quem ainda não conhece, vale checar o Pinewood Dialogues. São podcasts com bastante gente. Alguns muito legais. Vejam aqui a lista completa dos entrevistados.
domingo, maio 13, 2012
sexta-feira, maio 11, 2012
sete dias com marylin *
Simon Curtis (formado na escola da televisão britânica) mostra-se um bom diretor de atores (Williams e Branagh, ambos indicados ao Oscar deste ano, estão estupendos) e o longa funciona melhor nessa disputa entre dois atores e seus métodos. O cineasta se esforça para fazer um filme simpático e pouco afeito ao conflito. O que se vê é um cinema, digamos, de “qualidade”, onde tudo está certo, funcionando, leve e bonito. Um tanto rápido, também, é preciso dizer. “Sete dias com Marilyn” imprimi um ritmo acelerado aos acontecimentos, mais preocupado em registrá-los do que construí-los. Curtis aposta ainda em citar e manter Marilyn Monroe em poses famosas, seja nua, com os cabelos desgrenhados ou cantando. Uma estratégia que, embora nos mostre como a atriz era consciente de sua imagem e poder, prejudica algumas vezes o movimento no qual o filme se baseia, do mito à pessoa.
O maior problema talvez esteja no roteiro de Adrian Hodges. A narrativa se alterna entre a experiência pessoal e o amadurecimento de Colin e o dilema de Marilyn, uma mulher que depende e ao mesmo sofre da imagem que o mundo faz dela. Mas “Sete dias com Marilyn” nunca abandona o ponto de vista do rapaz – embora quase todos os demais personagens tenham mais presença e carisma do que ele. Ele abre e fecha o filme com narrações em off e frases do tipo "Eu tinha tudo para provar a minha família ... mas mais para mim mesmo”, e Hodges insiste em fazê-lo presente para entreouvir todos os momentos dramáticos da história. É bem verdade que, por vezes, vislumbra-se a possibilidade de “Sete dias com Marilyn” ter sido mais do que um filme simpático, porém demasiadamente convencional (especialmente no que concerne as interpretações e as situações e os personagens da trama), mas falou mais alto o desejo por um “cinema de qualidade”, funcional, perecível, sem conflito.
O maior problema talvez esteja no roteiro de Adrian Hodges. A narrativa se alterna entre a experiência pessoal e o amadurecimento de Colin e o dilema de Marilyn, uma mulher que depende e ao mesmo sofre da imagem que o mundo faz dela. Mas “Sete dias com Marilyn” nunca abandona o ponto de vista do rapaz – embora quase todos os demais personagens tenham mais presença e carisma do que ele. Ele abre e fecha o filme com narrações em off e frases do tipo "Eu tinha tudo para provar a minha família ... mas mais para mim mesmo”, e Hodges insiste em fazê-lo presente para entreouvir todos os momentos dramáticos da história. É bem verdade que, por vezes, vislumbra-se a possibilidade de “Sete dias com Marilyn” ter sido mais do que um filme simpático, porém demasiadamente convencional (especialmente no que concerne as interpretações e as situações e os personagens da trama), mas falou mais alto o desejo por um “cinema de qualidade”, funcional, perecível, sem conflito.
quarta-feira, maio 09, 2012
terça-feira, maio 08, 2012
orson welles
Vejam aí abaixo a programação desta última semana da mostra "O Legado de Orson Welles". Atenção para as cópias em película:
8 de Maio
14h00 Soberba (88min, 35mm)
16h30 Verdades e Mentiras (89min, exibição digital)
19h00 O Estranho (95min, 35mm)
9 de Maio
14h00 Dom Quixote (116min, exibição digital)
16h30 Macbeth – Reinado de Sangue (89min, 16mm)
19h00 Debate “Elementos e Influência de Shakespeare no universo
wellesiano”, com o Prof. Dr. Marcel Vieira (UFC) e Profª Drª.
VanessaTeixeira de Oliveira (UNIRIO)
10 de Maio
14h00 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
16h30 A Dama de Shangai (87min, exibição digital)
19h00 Otelo (92min, 35mm)
11 de Maio
14h00 A Marca da Maldade (95min, 35mm)
16h30 Grilhões do Passado (97min, exibição digital)
19h00 Soberba (88min, 35mm)
12 de Maio
14h00 Cidadão Kane (115min, 35mm)
16h30 O Processo (119min, 35mm)
19h00 É Tudo Verdade (85min, exibição digital)
13 de Maio
14h00 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
16h30 Dom Quixote (116min, exibição digital)
19h00 The Hearts of Age (8min, exibição digital)
Verdades e Mentiras (89min, exibição digital)
8 de Maio
14h00 Soberba (88min, 35mm)
16h30 Verdades e Mentiras (89min, exibição digital)
19h00 O Estranho (95min, 35mm)
9 de Maio
14h00 Dom Quixote (116min, exibição digital)
16h30 Macbeth – Reinado de Sangue (89min, 16mm)
19h00 Debate “Elementos e Influência de Shakespeare no universo
wellesiano”, com o Prof. Dr. Marcel Vieira (UFC) e Profª Drª.
VanessaTeixeira de Oliveira (UNIRIO)
10 de Maio
14h00 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
16h30 A Dama de Shangai (87min, exibição digital)
19h00 Otelo (92min, 35mm)
11 de Maio
14h00 A Marca da Maldade (95min, 35mm)
16h30 Grilhões do Passado (97min, exibição digital)
19h00 Soberba (88min, 35mm)
12 de Maio
14h00 Cidadão Kane (115min, 35mm)
16h30 O Processo (119min, 35mm)
19h00 É Tudo Verdade (85min, exibição digital)
13 de Maio
14h00 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
16h30 Dom Quixote (116min, exibição digital)
19h00 The Hearts of Age (8min, exibição digital)
Verdades e Mentiras (89min, exibição digital)
sexta-feira, maio 04, 2012
saraceni no mam
Começa hoje uma retrospectiva imperdível do grande Paulo César Saraceni lá no MAM. Vejam a programação neste link.
quarta-feira, maio 02, 2012
catálogo
Caso você tenha o número mínimo de carimbos exigidos e não tenha conseguido um catálogo, por favor, entre em contato com a produção da mostra no email firulafilmes@gmail.com
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