É muito estranho a maneira com bombas atômicas são
representadas neste filme. Quer dizer: se em alguns momentos fala-se de
Hiroshima e Nagasaki, em outros parece se passar uma espécie de apologia
(talvez não consciente) de um suposto "uso correto" das armas
nucleares. O filme muda de opinião constantemente. É bem difícil entender como
ele se posiciona sobre o assunto. O fato, contudo, é que, se o "Godizilla"
original era uma narrativa sobre o trauma, os perigos e o medo das bombas e
radiações atômicas, esta versão mais recente se utiliza de Hiroshima e Nagasaki
como mero contraplano melodramático. Enfim, este "Godzilla" é um filme bem
chinfrim, embora tenha lá uma ou outra surpresa: Juliete Binoche e Bryan
Cranston. O que mais me agrada, no entanto, e que o Wellington Sari tão bem
descreveu lá na "Interlúdio", é o visual mais sombrio, o CGI de tons
escuros.
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