sábado, maio 24, 2014

godzilla *

É muito estranho a maneira com bombas atômicas são representadas neste filme. Quer dizer: se em alguns momentos fala-se de Hiroshima e Nagasaki, em outros parece se passar uma espécie de apologia (talvez não consciente) de um suposto "uso correto" das armas nucleares. O filme muda de opinião constantemente. É bem difícil entender como ele se posiciona sobre o assunto. O fato, contudo, é que, se o "Godizilla" original era uma narrativa sobre o trauma, os perigos e o medo das bombas e radiações atômicas, esta versão mais recente se utiliza de Hiroshima e Nagasaki como mero contraplano melodramático. Enfim, este "Godzilla" é um filme bem chinfrim, embora tenha lá uma ou outra surpresa: Juliete Binoche e Bryan Cranston. O que mais me agrada, no entanto, e que o Wellington Sari tão bem descreveu lá na "Interlúdio", é o visual mais sombrio, o CGI de tons escuros.

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