Quem acompanha o KINOS sabe que eu gosto bastante do primeiro “Mercenários” (2010). Escrevi brevemente sobre o filme na época de lançamento. Contudo, não gostei tanto desta sequência, dirigida por Simon West (“Con Air”). A franquia perdeu aquela estranheza (do humor meio “velho”, da falta de jeito do Stallone em dirigir algumas cenas ), aquela objetividade (era um longa quase sem planos de cobertura, ação atrás de ação, todas as cenas sendo decisivas para o encadeamento da narrativa), e até a trilha sonora perdeu um pouco do seu impacto. “Mercenários” “profissionalizou-se”, se transformou em mais um. Mais um, não. Eu cresci vendo estes caras na tela. E quando Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Sylvester Starllone e Chuck Noris aprecem juntos em cena, no mesmo plano, algo acontece comigo. É puro afeto e simpatia. Eu me pego com um sorriso no rosto. Enfim...
O que achei bem curioso foram as críticas do “Globo” (Rodrigo Fonseca) e da “Folha” (Alexandre Agabiti Fernandez). A primeira é elogiosa a ponto do exagero. “Mercenários 2” estaria reinventando o cinema de ação pela via autoral. A segunda é morna, bem morna. O filme privilegiaria um “dilúvio de violência, sangue e explosões em detrimento de personagens dignos do nome e de uma história minimamente interessante e bem contada”, e teria como única qualidade “o humor, inexistente na produção inaugural da franquia”. Bom, sabemos que isto não é verdade, embora o humor desta sequência seja mesmo talvez um pouco exagerado (justamente porque funcionou no primeiro longa). A minha impressão é a de que enquanto o Rodrigo Fonseca gostava do filme antes mesmo de vê-lo, Alexandre Agabiti Fernandez dificilmente se deixaria surpreender por Stallone e cia.
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