segunda-feira, outubro 22, 2012

ted ***


Quem passa por aqui sabe que eu gosto bastante das séries de Seth MacFarlane. Gostei também de “Teddy”, que, em seus melhores momentos, lembra o humor hiper-um monte de coisas de “Uma família da pesada”. O Sérgio Alpendre lá na “Interlúdio” fala de uma certa influência  de Joe Dante e dos Irmãos Farelly que eu sinceramente não vejo.  Acho que o filme tem uma relação mais direta com o universo de Judd Apatow e com o próprio e particular estilo desenvolvido ao longo das dez temporadas de “Uma família da pesada”. Eu concordo, contudo, que a história do sequestro do urso torna o filme um pouco enfadonho. Acho que essa junção de Apatow com “Uma família da pesada” talvez não seja possível. Não sei. A série  se faz em uma lógica de acúmulo desenfreado de piadas corrosivas que se sobrepõe à centralidade da narrativa, à coerência interna dos personagens... O nonsense parece logo ali, mas as piadas são sempre algo como comentários sobre o mundo em que vivemos. Enfim, os vai-e-vens  da história pouco importam, devem estar à serviço das piadas e não o contrário. Outra coisa: achei o final mais ou menos. Ela diz que quer a vida que tinha de volta. Isso quer dizer que ele poderá levar aquela vida à base de preguiça, baseados e Ted? Eu acho que sim, e haveria aí um pequeno elogio á subversão e tal... mas isto não esta muito claro. Logo depois que o urso ressuscita, eles casam e o filme termina. Uma ceninha dos amigos chapados no sofá depois da ressuscitação talvez resolvesse a questão.


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