“Deixe ela entrar”, uma adaptação do romance homônimo do sueco John Ajvide Lindqvist, nos fala de uma estranha relação entre um tímido garoto de 12 anos e uma pequena vampira que aparenta ter a mesma idade. Oskar é maltratado pelos colegas de escola. Fica a maior parte do tempo sozinho, vendo o inverno passar da janela de seu quarto. Eli (Lina Leandersson) é a vizinha nova do apartamento ao lado. Ela não sente frio e só sai de casa após escurecer.
Eli mal consegue administrar suas necessidades vitais. Ela não quer expandir sua raça e sempre mata suas vítimas. Obrigada a viver para sempre, a personagem se afirma em um desejo/dilema aparentemente insolúvel: encontrar alguém para amar e, ao mesmo tempo, condená-lo a uma vida subserviente e criminosa. Oskar vive em uma sociedade que não o respeita. E ele parece assumir total responsabilidade por isso. Um movimento interessante. Oskar não quer saner de seus professores, de seus pais, e não cultiva nenhuma amizade.
O encontro desperta nos personagens sentimentos sem nome. Algo sempre nos escapa. Oskar e Eli recusam qualquer forma de subordinação ou de funcionalidade. O que os une é um desejo sem nome. Não é amor, paixão, compaixão, ou amizade. A relação aqui é de outra ordem, ainda a ser classificada. A direção de Tomas Alfredson é delicada, porém radical em sua entrega sem cautelas à compreensão dos corpos e desejos de seus personagens. Eli decepa os garotos que maltratavam Oskar. O cineasta filma tudo com uma certa alegria, e nos convida a partilha-la com ele. Alfredson recupera um certo apelo à coragem de pensar de uma forma ainda não-pensada ou de sentir de maneira diferente. Essa é a política de “Deixa ela entrar”. Uma política da imaginação que aponta para a criação de novas imagens e metáforas para o pensamento, a política e os sentimentos e que renuncie a prescrever uma imagem dominante.
“Deixe ela Entrar” é uma estranha espécie de afirmação das diferenças e dos diferentes. Oskar será o novo provedor de sangue para a menina? Ele será um vampiro e com ela viverão felizes? É um final cheio de esperança, estranhamente otimista. Ta aí um filme disposto a devolver ao mundo uma certa complexidade.
Eli mal consegue administrar suas necessidades vitais. Ela não quer expandir sua raça e sempre mata suas vítimas. Obrigada a viver para sempre, a personagem se afirma em um desejo/dilema aparentemente insolúvel: encontrar alguém para amar e, ao mesmo tempo, condená-lo a uma vida subserviente e criminosa. Oskar vive em uma sociedade que não o respeita. E ele parece assumir total responsabilidade por isso. Um movimento interessante. Oskar não quer saner de seus professores, de seus pais, e não cultiva nenhuma amizade.
O encontro desperta nos personagens sentimentos sem nome. Algo sempre nos escapa. Oskar e Eli recusam qualquer forma de subordinação ou de funcionalidade. O que os une é um desejo sem nome. Não é amor, paixão, compaixão, ou amizade. A relação aqui é de outra ordem, ainda a ser classificada. A direção de Tomas Alfredson é delicada, porém radical em sua entrega sem cautelas à compreensão dos corpos e desejos de seus personagens. Eli decepa os garotos que maltratavam Oskar. O cineasta filma tudo com uma certa alegria, e nos convida a partilha-la com ele. Alfredson recupera um certo apelo à coragem de pensar de uma forma ainda não-pensada ou de sentir de maneira diferente. Essa é a política de “Deixa ela entrar”. Uma política da imaginação que aponta para a criação de novas imagens e metáforas para o pensamento, a política e os sentimentos e que renuncie a prescrever uma imagem dominante.
“Deixe ela Entrar” é uma estranha espécie de afirmação das diferenças e dos diferentes. Oskar será o novo provedor de sangue para a menina? Ele será um vampiro e com ela viverão felizes? É um final cheio de esperança, estranhamente otimista. Ta aí um filme disposto a devolver ao mundo uma certa complexidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário