- No Rio, uma sexta de estréias pra lá de desagradável – com a exceção de “Guerra ao terror”. Enquanto isso, em São Paulo, dois ótimos ganham o circuito: “O que resta do tempo”, de Elia Suleiman, e “Mother”, de Bong Joon-ho.
- Por falar em “Guerra ao terror”, suas nove indicações ao Oscar são mais uma evidência do faro deslocado dos nossos distribuidores. Segundo eles, o filme não valia um centavo. Foi direto para o DVD. Agora, por causa do Oscar, “Guerra ao terror” faz o caminho inverso e chega enfim aos cinemas. Os cadernos de cultura falam da cineasta Kathryn Bigelow como uma grande surpresa, não esquecem do fato dela ser ex-mulher de James Cameron (“Avatar”, que concorre também em nove categorias), mas, com a exceção de uma breve cutucada do Inácio Araújo na “Folha”, nada foi dito sobre o que fizeram com o filme dela por aqui.
- Vi “Caro Francis”, de Nelson Hoineff. Não gostei. Não esperava muito, é verdade. Acho “Alô, Alô Terezinha” uma ofensa. Aliás, ambos os filmes são forjados em estratégias similares. Hoineff se esforça para que suas opções produzam efeitos à imagem e à semelhança de seus personagens. “Alô, Alô Terezinha” cobrava um preço por todo esse empenho. Era preciso, no mínimo, uma auto-sabotagem. Sem ela, o filme se torna um espaço de humilhação pública. “Caro Francis” é ainda mais frágil. A idéia de contradição, associada ao personagem, “justifica” algumas estratégias vazias, como a montagem de Caio Túlio e Diogo Mainardi. Preguiça. Esse o termo que vem à mente. Preguiça editorial, preguiça cinematográfica. No mais, como bem disse o Sérgio Alpendre, o filme leva uma surra do You Tube.
- Por falar em “Guerra ao terror”, suas nove indicações ao Oscar são mais uma evidência do faro deslocado dos nossos distribuidores. Segundo eles, o filme não valia um centavo. Foi direto para o DVD. Agora, por causa do Oscar, “Guerra ao terror” faz o caminho inverso e chega enfim aos cinemas. Os cadernos de cultura falam da cineasta Kathryn Bigelow como uma grande surpresa, não esquecem do fato dela ser ex-mulher de James Cameron (“Avatar”, que concorre também em nove categorias), mas, com a exceção de uma breve cutucada do Inácio Araújo na “Folha”, nada foi dito sobre o que fizeram com o filme dela por aqui.
- Vi “Caro Francis”, de Nelson Hoineff. Não gostei. Não esperava muito, é verdade. Acho “Alô, Alô Terezinha” uma ofensa. Aliás, ambos os filmes são forjados em estratégias similares. Hoineff se esforça para que suas opções produzam efeitos à imagem e à semelhança de seus personagens. “Alô, Alô Terezinha” cobrava um preço por todo esse empenho. Era preciso, no mínimo, uma auto-sabotagem. Sem ela, o filme se torna um espaço de humilhação pública. “Caro Francis” é ainda mais frágil. A idéia de contradição, associada ao personagem, “justifica” algumas estratégias vazias, como a montagem de Caio Túlio e Diogo Mainardi. Preguiça. Esse o termo que vem à mente. Preguiça editorial, preguiça cinematográfica. No mais, como bem disse o Sérgio Alpendre, o filme leva uma surra do You Tube.
Nenhum comentário:
Postar um comentário