Uma cena de “E aí, comeu?” consegue sintetizar o que me
incomoda neste filme. Um personagem leva um manuscrito para o tio, para ser
publicado. O tio alerta que a obra tem defeitos. Ele pergunta ao sobrinho se já
amou alguém, pois falta vida à relação amorosa dos protagonistas de seu livro. Este
me parece ser o mesmo problema de “E aí, comeu?”: um filme um tanto mentiroso. Não
era pra ser uma espécie de conversa de bar? Pois fica parecendo que estes caras
nunca saíram para beber e falar de mulheres entre amigos. Tudo aquilo ali
parece ter saído de outro lugar, do roteiro, muito provavelmente. Não é nem que
as piadas sejam ruins. Algumas são até engraçadas. Mas falta algo a elas. Falta
verdade.
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