sexta-feira, julho 27, 2012

martha marcy may marlene **


Não gostei muito deste “Martha Marcy May Marlene” (2011), longa de estreia de Sean Durkin muito bem recebido pela crítica internacional. Nele, uma jovem mulher sofre delírios e paranoias ao voltar para a casa da irmã depois de um período vivendo em um estranho culto. As primeiras sequencias já imprimem o tom entre o mistério e a ansiedade que perpassa o filme, além de estabelecer sua base formal: a alternância entre a desorientação silenciosa da vida em família e a loucura sedutora do culto.  O que me incomoda é como esta estrutura e tema (além do cenário) me parecem recorrentes no chamado cinema independente americano, mais um pré-requisito do que matéria-prima, menos uma realidade realmente vivida, do que um cenário e mise-scène já prontas.   Pra mim, “Martha” não diz ao que veio. Ainda assim, devo dizer que John Hawkes é um grande ator, e, por causa dele, na pele do loucamente esclarecido líder do culto, algumas imagens ainda permanecem rondando minhas memórias.

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