Quer dizer: muitas destas críticas não são absurdas, embora elas muitas vezes passem por cima da sensibilidade e do ritmo que Coppola imprime a este material. Coppola, como sempre, mostra-se muito mais interessada em delinear um certo estado. O estilo de “The Bling Ring” procura incorporá-lo. Um estilo que ágil, recheado de informações, marcado por colagens, que se contrapõe diretamente ao seu longa anterior. Acho que Kent Jones chegou ao nervo central não somente de “The Bling Ring”, mas do cinema mesmo de Sofia Coppola: seus filmes têm mais uma ambiência, em um sentido musical, do que uma trama. O filme me ganhou aos poucos. De repente, sinto-me seduzido e ao mesmo tempo absolutamente horrorizado. As luzes se ascendem e os sentimentos, ainda a serem conjugados, permanecem. Coppola sabe o que faz.
terça-feira, setembro 17, 2013
the bling ring ***
É curiosa, porém compreensível, a decepção algo generalizada que marcou a recepção deste filme, tanto nos EUA quanto no Brasil. Esperava-se uma espécie de raio-x da sociedade contemporânea, seu consumismo, suas celebridades, seu cinismo, etc. Tudo isto está lá. Sofia Coppola, contudo, seria uma cineasta imparcial, sem um ponto de vista mais específico sobre a história. É bem verdade que Coppola se atém aos fatos cinematográficos, às cenas. Ela não simpatiza inteiramente com os personagens, mas tampouco se dispõe a julgá-los de maneira mais incisiva. O filme pode até mesmo parecer um pouco blasé, sobretudo, em seu final.
Quer dizer: muitas destas críticas não são absurdas, embora elas muitas vezes passem por cima da sensibilidade e do ritmo que Coppola imprime a este material. Coppola, como sempre, mostra-se muito mais interessada em delinear um certo estado. O estilo de “The Bling Ring” procura incorporá-lo. Um estilo que ágil, recheado de informações, marcado por colagens, que se contrapõe diretamente ao seu longa anterior. Acho que Kent Jones chegou ao nervo central não somente de “The Bling Ring”, mas do cinema mesmo de Sofia Coppola: seus filmes têm mais uma ambiência, em um sentido musical, do que uma trama. O filme me ganhou aos poucos. De repente, sinto-me seduzido e ao mesmo tempo absolutamente horrorizado. As luzes se ascendem e os sentimentos, ainda a serem conjugados, permanecem. Coppola sabe o que faz.
Quer dizer: muitas destas críticas não são absurdas, embora elas muitas vezes passem por cima da sensibilidade e do ritmo que Coppola imprime a este material. Coppola, como sempre, mostra-se muito mais interessada em delinear um certo estado. O estilo de “The Bling Ring” procura incorporá-lo. Um estilo que ágil, recheado de informações, marcado por colagens, que se contrapõe diretamente ao seu longa anterior. Acho que Kent Jones chegou ao nervo central não somente de “The Bling Ring”, mas do cinema mesmo de Sofia Coppola: seus filmes têm mais uma ambiência, em um sentido musical, do que uma trama. O filme me ganhou aos poucos. De repente, sinto-me seduzido e ao mesmo tempo absolutamente horrorizado. As luzes se ascendem e os sentimentos, ainda a serem conjugados, permanecem. Coppola sabe o que faz.
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