sábado, março 31, 2012
marli de feira de santana
quarta-feira, março 28, 2012
o porto***
segunda-feira, março 26, 2012
raul seixas **
sexta-feira, março 23, 2012
terça-feira, março 20, 2012
john carter **
RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA
Depois de "Missão: Impossível - Protocolo Fantasma", de Brad Bird ("Ratatouille"), "John Carter: Entre Dois Mundos" é a segunda produção, em um ano, a recorrer a um diretor de animação da Pixar para dar consistência a um filme de aventura.
Nessa adaptação do livro "A Princess of Mars", de Edgar Rice Burroughs, o escolhido foi Andrew Stanton, diretor dos excelentes "Procurando Nemo" e "Wall-E".
Se Stanton não consegue um resultado com o frescor do mais recente "Missão: Impossível", ele parece ao menos salvar seu material do que poderia ser um desastre sem a sua presença.
O diretor imprime ao filme um espírito dos antigos seriados exibidos em matinês, como "Flash Gordon", em que a única complicação parecia vir dos nomes exóticos de personagens e de planetas.
"John Carter" quer uma fruição simples: protagonista que salta centenas de metros, monstros marcianos que se comportam como cachorros, alienígenas que remetem a tribos africanas, ritmo de aventura incessante e diálogos que indicam que o filme, sabiamente, não se leva a sério.
A esses prazeres talvez antiquados, Stanton adiciona outros mais modernos: efeitos especiais de ponta, cenários digitais grandiosos e uso eficiente do 3D.
Nesses aspectos, "John Carter" se aproxima da série "Star Wars" e de "Avatar" -que, não por acaso, também usaram a tecnologia para resgatar o clima dos antigos seriados de aventura.
A série de Burroughs se presta bem a esse tipo de operação. Nela, o capitão John Carter (Taylor Kitsch) é teletransportado misteriosamente dos Estados Unidos do século 19 para Marte (chamado pelos locais de Barsoom).
Ali ele se torna figura central de uma guerra civil que envolve os humanoides de Helium, com sua princesa Dejah Thoris (Lynn Collins), os de Zodanga, dominados pelo feiticeiro Matai Shang (Mark Strong), e ainda os alienígenas Tharks, liderados por Tars Tarkas (Willem Dafoe).
Por vezes, as relações entre os três grupos marcianos se tornam um tanto confusas -demonstrando que Stanton não conseguiu cumprir plenamente o projeto de uma diversão descomplicada.
Mas o principal problema de seu filme está na dupla de protagonistas, Kitsch e Collins, cuja beleza está num patamar bastante superior ao de seu talento dramático.
Ora eles parecem saídos de uma novela americana, ora parecem seres criados por computação gráfica, menos humanos (e carismáticos) do que os alienígenas do filme.
sábado, março 17, 2012
hugo cabret ***
“Hugo Cabret” é puro entretenimento. Um filme feito para crianças. Scorsese mostra-se, em primeiro lugar, interessado em contar uma boa história. Isto por vezes, especialmente em sua primeira hora, faz de “Hugo” uma sucessão meio aborrecida de convenções. Mas para alguém que gosta mesmo de cinema, parece-me difícil não se sentir atraído por esta história. Até porque “Hugo Cabret” é também uma forma de manifesto. Um filme feito para cinéfilos, de irmão para irmãos. Scorsese nos chama de mágicos, feiticeiros, sonhadores... e ainda busca, com as imagens em 3D e os muitos efeitos especiais, não somente um olhar para frente, sem medo, como também novas possibilidades de “maravilhamento”. “Hugo” é material contagioso. Este é o maior elogio que se pode fazer sobre este filme.
quarta-feira, março 14, 2012
fellini no ims
domingo, março 11, 2012
quinta-feira, março 08, 2012
a essa altura do campeonato...
terça-feira, março 06, 2012
domingo, março 04, 2012
a música segundo tom jobim ***
Gostei bastante deste filme do Nelson Pereira dos Santos. Talvez goste mais até do esforço de se fazer uma biografia diferente do que do filme propriamente dito. Na verdade, é estranho separar as coisas dessa maneira... Mas o fato é que estamos hoje vivendo em uma realidade em que a “ousadia” é um valor a priori (não só no cinema; o capitalismo contemporâneo incorporou os discursos das liberdades individuais dos anos 60 e 70). Hollywood mesmo é uma espécie de vale-tudo de “originalidades” vazias. Então, quando um cineasta faz uma biografia como “A música segundo Tom Jobim” sinto-me aliviado, inspirado e na obrigação de agradecê-lo.
quinta-feira, março 01, 2012
séries
- “Walking Dead”. Uma decepção esta segunda temporada. Eu gostei muito da primeira. Até cheguei a postar algo por aqui. Mas esta segunda (atualmente em seu décimo episódio) mais parece uma novela (no pior sentido da palavra): as situações se estendem ao máximo; os personagens, suas características, nos são reiteradas a todo o momento; e, o que é pior, agora temos mocinhos e bandidos entre os personagens. Isso sem contar com alguns problemas que não ocorriam na primeira temporada, como personagens que aparecem sem mais nem menos (como os dois jovens que vivem na fazenda).
- Eu achava impossível. Mas, depois dos dois primeiros episódios de sua terceira temporada, me parece que “Eastbound & down” está ainda mais engraçado. Pra mim, a melhor série do momento. Escrevi sobre ela no blog.
- Acabo de ver a terceira temporada de “Bored to death”. As duas primeiras foram incríveis. Jason Schwartzman, Zach Galifianakis e, especialmente, Ted Danson estão sensacionais na pele de três maconheiros inveterados e super amigos. Muito engraçado. Esta terceira temporada, contudo, me decepciono um pouco. A coisa ficou meio rocombolesca. Os personagens deram uma enlouquecida. A série andava mal de audiência e corria o risco de ser cancelada (o que ocorreu). Talvez tenha sido esse o problema.
- Eu acabei de ver o primeiro episódio de “Luck”, dirigido por ninguém menos que Michael Mann. Ainda não sei o que dizer. Muitos personagens. Uma realidade, um espaço, que eu não entendo muito bem. Uma câmera com parkinson. Belíssimos planos dos cavalos. Grandes atuações. É preciso esperar por alguns outros episódios.
- Aguardo, ansioso, pela estréia da terceira temporada de “Louie”, série cômica de um dos maiores comediantes de stand up da atualidade, Louie C..K (ele escreve, produz, dirige e monta). Gostei muito da segunda temporada, quando a série deixou de ser fundamentalmente cômica, e se colou à experiência de seu protagonista, um sujeito carismático de meia idade, comediante e pai de duas filhas. Um cara que parece estar sempre tomando as decisões erradas.